quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Questões ENEM 2015 - Códigos e Linguagens - Arte

1) O rap, palavra formada pelas iniciais de rhythm and poetry (ritmo e poesia), junto com as linguagens da dança (o break dancing) e das artes plásticas (o grafite), seria difundido, para além dos guetos, com o nome de cultura hip hop . O break dancing
surge como uma dança de rua. O grafite nasce de assinaturas inscritas pelos jovens com sprays nos muros, trens e estações de metrô de Nova York. As linguagens do rap , do break dancing e do grafite se tornaram os pilares da cultura hip hop.
DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na
socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG. 2005 (adaptado).

Entre as manifestações da cultura hip hop apontadas no texto, o break se caracteriza como um tipo de dança que representa aspectos contemporâneos por meio de movimentos

a) retilíneos, como crítica aos indivíduos alienados.
b) improvisados, como expressão da dinâmica da vida urbana.
c) suaves, como sinônimo da rotina dos espaços públicos.
d) ritmados pela sola dos sapatos, como símbolo de protesto.
e) cadenciados, como contestação às rápidas mudanças culturais.

2)
 Dia do Músico, do Professor, da Secretária, do Veterinário... Muitas são as datas comemoradas ao longo do ano e elas, ao darem visibilidade a segmentos sobre a responsabilidade social desses segmentos. Nesse contexto, está inserida a propaganda da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em que se combinam elementos verbais e não verbais para se abordar a estreita relação entre imprensa, cidadania, informação e opinião. Sobre essa relação, depreende-se do texto da ABI que, 
A para a imprensa exercer seu papel social, ela deve transformar opinião em informação. 
B para a imprensa democratizar a opinião, ela deve selecionar a informação. 
C para o cidadão expressar sua opinião, ele deve democratizar a informação.
 D para a imprensa gerar informação, ela deve fundamentar-se em opinião.
 E para o cidadão formar sua opinião, ele deve ter acesso à informação. 


Texto I

3) 

TEXTO II
Lucian Freud é, como ele próprio gosta de relembrar às pessoas, um biólogo. Mais propriamente, tem querido registrar verdades muito específicas sobre como é tomar posse deste determinado corpo nesta situação particular, neste específico espaço de tempo.
SMEE, S. Freud. Köln: Taschen, 2010.
Considerando a intencionalidade do artista, mencionada no Texto II, e a ruptura da arte no século XX com o parâmetro acadêmico, a obra apresentada trata do(a)
A) exaltação da figura masculina.
B) descrição precisa e idealizada da forma.
C) arranjo simétrico e proporcional dos elementos.
D) representação do padrão do belo contemporâneo.
E) fidelidade à forma realista isenta do ideal de perfeição.

4) 

As formas plásticas nas produções africanas conduziram artistas modernos do início do século XX, como Pablo Picasso, a algumas proposições artísticas denominadas vanguardas. A máscara remete à:
A) preservação da proporção.
B) idealização do movimento.
C) estruturação assimétrica.
D) sintetização das formas.
E) valorização estética.

5) Na exposição "A Artista Está Presente", no MoMA, em Nova Iorque, a performer Marina Abramovic fez uma retrospectiva de sua carreira. No meio desta, protagonizou uma performance marcante. Em 2010, de 14 de março a 31 de maio, seis dias por semana, num total de 736 horas, ela repetia a mesma postura. Sentada numa sala, recebia os visitantes, um a um, e trocava com cada um deles um longo olhar sem palavras. Ao redor, o público assistia a essas cenas recorrentes.
ZANIN, L. Marina Abramovic, ou a força do olhar. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br. Acesso em: 4 nov. 2013.
O texto apresenta uma obra da artista Marina Abramovic, cuja performance se alinha a tendências contemporâneas e se caracteriza pela
A) inovação de uma proposta de arte relacional que adentra um museu.
B) abordagem educacional estabelecida na relação da artista com o público.
C) redistribuição do espaço do museu, que integra diversas linguagens artísticas.
D) negociação colaborativa de sentidos entre a artista e a pessoa com quem interage.
E) aproximação entre artista e público, o que rompe com a elitização dessa forma de arte.

6) 
MAGRITTE, R. A reprodução proibida.

Óleo sobre tela, 81,3 x 65 cm. Museum Boijmans Van Buningen, Holanda, 1937.
O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artísticas europeias do início do século XX. René Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produções. Um traço do Surrealismo presente nessa pintura é o(a) 
a) justaposição de elementos díspares, observada na imagem do homem no espelho. 
b) crítica ao passadismo, exposta na dupla imagem do homem olhando sempre para frente. 
c) construção de perspectiva, apresentada na sobreposição de planos visuais. 
d) processo de automatismo, indicado na repetição da imagem do homem. 
e) procedimento de colagem, identificado no reflexo do livro no espelho.


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LEONILSON
1957 - 1993
O Recruta O Aranha O Penélope
bordado sobre feltro 18 x 35,5 cm 1992
Reproduzido à página 85 do Catálogo da Exposição "O fio da trama" - New York 2002 e Miami 2002.
7) 
A obra do artista plástico Leonilson (1953-1993) marca presença no panorama da arte brasileira e internacional. Nessa obra, ele utilizou a habilidade técnica do bordado manual para:
A) obtenção das linhas retas paralelas.
B) valorização do tracejado retilíneo.
C) exploração de diferentes texturas.
D) obtenção do equilíbrio assimétrico.
E) inscrição homogênea das formas e palavras.

Resultado de imagem para a carioca pedro americo
"A carioca" - Pedro Américo.
8) 
Em 1866, tendo encerrado seus estudos na Escola de Belas Artes, em Paris, Pedro Américo ofereceu a tela A Carioca ao imperador Pedro II, em reconhecimento ao seu mecenas. O nu feminino obedecia aos cânones da grande arte e pretendia ser uma alegoria feminina da nacionalidade. A tela, entretanto, foi recusada por imoral e licenciosa: mesmo não fugindo à regra oitocentista relativa à nudez na obra de arte, A Carioca não pôde, portanto, ser absorvida de imediato. A sensualidade tangível da figura feminina, próxima do orientalismo tão em voga na Europa, confrontou-se não somente com os limites morais, mas também com a orientação estética e cultural do Império. O que chocara mais: a nudez frontal ou um nu tão descolado do que se desejava como nudez nacional aceitável, por exemplo, aquela das românticas figuras indígenas? A Carioca oferecia um corpo simultaneamente ideal e obsceno: o alto — uma beleza imaterial — e o baixo — uma carnalidade excessiva. Sugeria uma mistura de estilos que, sem romper com a regra do decoro artístico, insinuava na tela algo inadequado ao repertório simbólico oficial. A exótica morena, que não é índia — nem mulata ou negra — poderia representar uma visualidade feminina brasileira e desfrutar de um lugar de destaque no imaginário da nossa “monarquia tropical”?
OLIVEIRA, C. Disponível em: http://anpuh.org.br. Acesso em: 20 maio 2015.
O texto revela que a aceitação da representação do belo na obra de arte está condicionada à
A) incorporação de grandes correntes teóricas de uma época, conferindo legitimidade ao trabalho do artista.
B) atemporalidade do tema abordado pelo artista, garantindo perenidade ao objeto de arte então elaborado.
C) inserção da produção artística em um projeto estético e ideológico determinado por fatores externos.
D) apropriação que o pintor faz dos grandes temas universais já recorrentes em uma vertente artística.
E) assimilação de técnicas e recursos já utilizados por movimentos anteriores que trataram da temática.

9) No século XVIII, a arte brasileira, mais especificamente a de Minas Gerais, apresentava a valorização da técnica e um estilo próprio, incluindo a escolha dos materiais. Artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde têm suas obras caracterizadas por peculiaridades que são identificadas por meio
A) do emprego de materiais oriundos da Europa e da interpretação realista dos objetos representados.
B) do uso de recursos materiais disponíveis no local e da interpretação formal com características próprias.
C) da utilização de recursos materiais vindos da Europa e da homogeneização e linearidade representacional.
D) da observação e da cópia detalhada do objeto representado e do emprego de materiais disponíveis na região.
E) da utilização de materiais disponíveis no Brasil e da interpretação idealizada e linear dos objetos representados.

10) A dança moderna propõe em primeiro lugar o conhecimento de si e o autodomínio. Minha proposta é esta: através do conhecimento e do autodomínio chego à forma, à minha forma — e não o contrário. É uma inversão que muda toda a estética, toda a razão do movimento. A técnica da dança tem apenas uma finalidade: preparar o corpo para responder à exigência do espírito artístico.
VIANNA, K.; CARVALHO, M. A. A dança. São Paulo: Siciliano, 1990.
Na abordagem dos autores, a técnica, o autodomínio e o conhecimento do bailarino estão a serviço da
A) padronização do movimento da dança.
B) subordinação do corpo a um padrão.
C) concretização da criação pessoal.
D) ideia preconcebida de forma.
E) busca pela igualdade entre os bailarinos.

11) 

QUESTÃO 111

Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de antiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos por um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes levou-os a uma descrição simplista desses grupos e à sua sucessiva destruição.
Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela produzida por povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifestações devem ser encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar das várias sociedades, mas também como equivalentes, por resultarem de impulsos humanos comuns.
SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000.

12) Yaô
Aqui có no terreiro
Pelú adié
Faz inveja pra gente
Que não tem mulher
No jacutá de preto velho
Há uma festa de yaô
Ôi tem nêga de Ogum
De Oxalá, de lemanjá
Mucama de Oxossi é caçador
Ora viva Nanã
Nanã Buruku
Yô yôo
Yô yôoo
No terreiro de preto velho iaiá
Vamos saravá (a quem meu pai?)
Xangô!
VIANA, G. Agó, Pixinguinha! 100 Anos. Som Livre, 1997.
A canção Yaô foi composta na década de 1930 por Pixinguinha, em parceria com Gastão Viana, que escreveu a letra. O texto mistura o português com o iorubá, língua usada por africanos escravizados trazidos para o Brasil.



1)   B
2)   E
3)   E
4)   D
5)   D
6)   A
7)   D
8)   C
9)   B
10) C
11) C
12) B

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Arte Propositora


Atrair e envolver o espectador são propostas de interação entre arte e público de artistas como Lygia Clark e Hélio Oiticica, os quais levam essa relação comunicativa ao extremo, como a própria artista diz:

Nós somos os propositores: nós somos o molde, cabe a você soprar dentro dele o sentido da nossa existência. 
Nós somos os propositores: nossa proposição é o diálogo. Sós, não existimos. Estamos à sua mercê. Nós somos os propositores: enterramos a obra de arte como tal e chamamos você para que o pensamento viva através de sua ação. 
Nós somos os propositores: não lhe propomos nem o passado nem o futuro, mas o agora.


Arte não é só contemplação, é também diálogo. À noção da arte como “ato” segue a de “proposta”. A proposta, anterior ao ato, é urgência de comunicação com o outro. A artista se postula como um molde vazio a ser colmado pelos outros: “estamos a vosso dispor”: a arte seria um diálogo entre sujeitos cúmplices, uma operação compartilhada no aqui e agora.
Nesse ano de 1964, as propostas começariam a acontecer em um outro contexto: o Golpe de Estado suprimiria, pouco a pouco, as liberdades individuais para acirrar o processo em 1968, quando, no AI-5, a censura prévia foi instituída pelo governo militar. Numa situação de autoritarismo, repressão social e violência de Estado, muitos brasileiros aderiram ou apoiaram os vários movimentos de luta armada que surgiram na época; outros foram expulsos ou se exilaram voluntariamente no estrangeiro. Outros, ainda, permaneceram no Brasil e optaram por estratégias radicais de resistência que tendiam a uma transmutação da experiência subjetiva que era, em si, política. O corpo − cerne e charneira das propostas artísticas − era um corpo que se afirmava duvidando de si, pondo-se à prova, abrindo-se escancaradamente para todas as potências da vida e da morte.

O artista Luciano Mariussi criou a obra a qual envolve e aproxima o público. "Eu sei o que é Arte Contemporânea" é um exemplo que desperta curiosidade e interação, ou seja há uma proposição. A proposta era que o espectador entrasse no museu gritando a frase e assim conseguiria um desconto de R$ 1,00 no ingresso, em 2005.





Fontes: 

http://artenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/arq_pdf_116.pdf

http://adriartessempre.blogspot.com.br/2014/02/entre-gritando.html

http://www.estrategiasarte.net.br/papeis-avulsos/lygia-clark-texto-imagem




sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Questões do ENEM - Arte 2014




1) A charge datada de 1910, ao retratar a implantação da rede telefônica no Brasil, indica que esta
a) Permitiria aos índios se apropriarem da telefonia móvel
b) Ampliaria o contato entre a diversidade de povos indígenas.
c) Faria a comunicação sem ruídos entre grupos sociais distintos.
d) Restringiria a sua área de atendimento aos estados do norte do país.
e) Possibilitaria a integração das diferentes regiões do território nacional.


2) Considerando-se a dinâmica entre tecnologia e organização do trabalho, a representação contida no cartum é caracterizada pelo pessimismo em relação à 

a) ideia de progresso. 
b) concentração do capital. 
c) noção de sustentabilidade. 
d) organização dos sindicatos. 
e) obsolescência dos equipamentos.

3) 

3) A discussão levantada na charge, publicada logo após a promulgação da Constituição de 1988, faz referência ao seguinte conjunto de direitos:


a) Civis, como o direito à vida, à liberdade de expressão e à propriedade.
b) Sociais, como direito à educação, ao trabalho e à proteção à maternidade e à infância.
c) Difusos, como direito à paz, ao desenvolvimento sustentável e ao meio ambiente saudável.
d) Coletivos, como direito à organização sindical, à participação partidária e à expressão religiosa.
e) Políticos, como o direito de votar e ser votado, à soberania popular e à participação democrática.

4) O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais foi registrado nesta quinta-feira (15) como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O veredicto foi dado em reunião do conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. O presente do Iphan e do conselho ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está “inserida na cultura do que é ser mineiro”.
Folha de S. Paulo, 15 maio 2008.
Entre os bens que compõem o patrimônio nacional, o que pertence à mesma categoria citada no texto está representado em:
a) Mosteiro de São Bento (RJ)

b) Tiradentes esquartejado (1893), de Pedro América
c) Ofício das paneleiras de Goiabeiras (ES)
d) Conjunto arquitetônico e urbanístico da cidade de Ouro Preto (MG)
e) Sítio arqueológico e paisagístico da Ilha do Campeche (SC)
5) 

Opportunity é o nome de um veículo explorador que aterrissou em Marte com a missão de enviar informações à Terra. A charge apresenta uma crítica ao(à)

A gasto exagerado com o envio de robôs a outros planetas. 
B exploração indiscriminada de outros planetas. 
C circulação digital excessiva de autorretratos. 
D vulgarização das descobertas espaciais. 
E mecanização das atividades humanas

6) 



Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por Iotti no intertexto. Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar 
A uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso. 
B uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro. 
C um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge. 
D uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge. 
E uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro. 

7) Cordel resiste à tecnologia gráfica 
O Cariri mantém uma das mais ricas tradições da cultura popular. É a literatura de cordel, que atravessa os séculos sem ser destruída pela avalanche de modernidade que invade o sertão lírico e telúrico. Na contramão do progresso, que informatizou a indústria gráfica, a lira Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos cordelistas do Crato conservam, em suas oficinas, velhas máquinas para impressão dos seus cordéis.A chapa para impressão do cordel é feita à mão, letra por letra, um trabalho artesanal que dura cerca de uma hora para confecção de uma página. Em seguida, a chapa é levada para a impressora, também manual, para imprimir. A manutenção desse sistema antigo de impressão faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa é a confecção da xilogravura para a capa do cordel.
As xilogravuras são ilustrações populares obtidas por gravuras talhadas em madeira. A origem da xilogravura nordestina até hoje é ignorada. Acredita-se que os missionários portugueses tenham ensinado sua técnica aos índios, como uma atividade extra-catequese, partindo do princípio religioso que defende a necessidade de ocupar as mãos para que a mente não fique livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao clichê, placa fotomecanicamente gravada em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era utilizada nos jornais impressos em rotoplanas.
VICELMO, A. Disponível em: www.onordeste.com. Acesso em: 24 fev. 2013 (adaptado).
A estratégia gráfica constituída pela união entre as técnicas da impressão manual e da confecção da xilogravura na produção de folhetos de cordel
A realça a importância da xilogravura sobre o clichê. 
B oportuniza a renovação dessa arte na modernidade. 
C demonstra a utilidade desses textos para a catequese. 
D revela a necessidade da busca das origens dessa literatura. 
E auxilia na manutenção da essência identitária dessa tradição popular.

8) Era um dos meus primeiros dias na sala de música. Afim de descobrirmos o que deveríamos estar fazendo ali, propus à classe um problema. Inocentemente perguntei: — O que é música?

Passamos dois dias inteiros tateando em busca de uma definição. Descobrimos que tínhamos de rejeitar todas as definições costumeiras porque elas não eram suficientemente abrangentes.
O simples fato é que, à medida que a crescente margem a que chamamos de vanguarda continua suas explorações pelas fronteiras do som, qualquer definição se torna difícil. Quando John Cage abre a porta da sala de concerto e encoraja os ruídos da rua a atravessar suas composições, ele ventila a arte da música com conceitos novos e aparentemente sem forma.
SCHAFER, R. M. O ouvido pensante. São Paulo: Unesp, 1991 (adaptado).
A frase “Quando Jonh Cage abre a porta da sala de concerto e encoraja os ruídos de rua a atravessar suas composições”, na proposta de Schafer de formular uma nova conceituação de musica representa a

a) acessibilidade a sala de conceito como metáfora, num momento em que a arte deixou de ser elitizada.
b) abertura da sala de concerto que permitiu que a musica fosse ouvida do lado de fora do teatro.
c) postura inversa à musica moderna, que desejava se enquadrar em uma concepção conformista.
d) “intenção do compositor de que os sons extramusicais sejam parte integrante da musica.”.
e) necessidade do artista contemporâneo de atrair maior publica para o teatro.

9) 

O objeto escultórico produzido por Lygia Clark, representante do Neoconcretismo, exemplifica o início de uma vertente importante na arte contemporânea, que amplia as funções da arte. Tendo como referência a obra Bicho de bolso, identifica-se essa vertente pelo(a)

a) participação efetiva do expectador na obra, o que determina a proximidade entre arte e vida.
b) percepção do uso de objetivos cotidianos para confecção da obra de arte, aproximando arte e realidade.
c) reconhecimento do uso de técnicas artesanais na arte, o que determina a consolidação de valores culturais.
d) reflexão sobre a capacitação artística de imagens com meio óticos, revelando o desenvolvimento de uma linguagem própria.
e) entendimento sobre o uso de métodos de produção em série para confecção da obra de arte, o que atualiza as linguagens artísticas.

10) Por onde houve colonização portuguesa, a música popular se desenvolveu basicamente com o mesmo instrumental. Podemos ver cavaquinho e violão atuarem juntos aqui, em Cabo Verde, em Jacarta, na Indonésia, ou em Goa. O caráter nostálgico, sentimental, é outro ponto comum da música das colônias portuguesas em todo o mundo. O kronjong, a música típica de Jacarta, é uma espécie de lundu mais lento, tocado comumente com flauta, cavaquinho e violão. Em Goa não é muito diferente.
De acordo com o texto de Henrique Cazes, grande parte da música popular desenvolvida nos países colonizados por Portugal compartilham um instrumental, destacando-se o cavaquinho e o violão. No Brasil, são exemplos de música popular que empregam esses mesmos instrumentos:
  1. Maracatu e ciranda.

  2. Carimbó e baião.

  3. Choro e samba.

  4. Chula e siriri.

  5. Xote e frevo.
11) O Brasil é sertanejo Que tipo de música simboliza o Brasil? Eis uma questão discutida há muito tempo, que desperta opiniões extremadas. Há fundamentalistas que desejam impor ao público um tipo de som nascido das raízes socioculturais do país. O samba. Outros, igualmente nacionalistas, desprezam tudo aquilo que não tem estilo. Sonham com o império da MPB de Chico Buarque e Caetano Veloso. Um terceiro grupo, formado por gente mais jovem, escuta e cultiva apenas a música internacional, em todas as vertentes. E mais ou menos ignora o resto. A realidade dos hábitos musicais do brasileiro agora está claro, nada tem a ver com esses estereótipos. O gênero que encanta mais da metade do país é o sertanejo, seguido de longe pela MPB e pelo pagode. Outros gêneros em ascensão, sobretudo entre as classes C, D e E, são o funk e o religioso, em especial o gospel. Rock e música eletrônica são músicas de minoria. É o que demonstra uma pesquisa pioneira feita entre agosto de 2012 e agosto de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A pesquisa Tribos musicais – o comportamento dos ouvintes de rádio sob uma nova ótica faz um retrato do ouvinte brasileiro e traz algumas novidades. Para quem pensava que a MPB e o samba ainda resistiam como baluartes da nacionalidade, uma má notícia: os dois gêneros foram superados em em popularidade. O Brasil moderno não tem mais o perfil sonoro dos anos 1970, que muitos gostariam que se eternizasse. 
A cara musical do país agora é outra. GIRON, L. A. Época, n. 805, out. 2013 (fragmento). 
O texto objetiva convencer o leitor de que a configuração da preferência musical dos brasileiros não é mais a mesma da dos anos 1970.  A estratégia de argumentação para comprovar essa posição baseia-se no(a) 

a) apresentação dos resultados de uma pesquisa que retrata o quadro atual da preferência popular relativa à música brasileira. 
b) Caracterização das opiniões relativas a determinados gêneros, considerados os mais representativos da brasilidade, como meros estereótipos. 
c) Uso de estrangeirismos, como rock, funk e gospel, para compor um estilo próximo ao leitor, em sintonia com o ataque aos nacionalistas. 
d) Ironia com relação ao apego a opiniões superadas, tomadas como expressão de conservadorismo e anacronismo, com o uso das designações “império” e “baluarte”. 
e) Contraposição a impressões fundadas em elitismo e preconceito, com a alusão a artistas de renome para melhor demonstrar a consolidação da mudança do gosto musical popular.


12)  

Essa propaganda defende a transformação social e a diminuição da violência por meio da palavra. Isso se evidencia pela

a) predominância de tons claros na composição da peça publicitária.
b) associação entre uma arma de fogo e um megafone.
c) grafia com inicial maiúscula da palavra “voz” no slogan.
d) imagem de uma mão segurando um megafone.
e) representação gráfica da propagação do som.



Gabarito 
1  E
2  A
3  C
4  C
5  C
6  E
7  E
8  D
9  A
10  C
11  A
12  B




quinta-feira, 25 de junho de 2015

Teatro das Sombras

O Teatro das Sombras, arte antiga da Pré-história, muito praticado no Oriente, é uma forma tradicional de Teatro com bonecos para entretenimento e contar histórias.
Essa linguagem integra as silhuetas de seres humanos ou de objetos e focos de luz, os quais produzem imagens em movimentos.
Tecnicamente, para manipular sombras é necessário; uma fonte de luz, uma tela ou superfície para projeção e um objeto entre a luz e a tela, que será o elemento que produzirá formas, silhuetas, texturas, imagens.
As silhuetas no Teatro de Sombra podem ser tanto bonecos com mecanismos de manipulação quanto qualquer outro objeto que produza silhuetas, formas e texturas com transparência.
Simples formas recortadas em papel podem produzir imagens e cenas surpreendentes com sombras. O uso de várias fontes de luz cria distorção e alternação das formas, além das possibilidades de projeção de cor com fontes de luz colorida, gelatinas e outros materiais cromáticos.

Dicas para trabalhar no escuro

-Vista roupa neutra, se possível preta para melhorar o resultado das projeções. As roupas não devem prejudicar a liberdade de movimentos e ao mesmo tempo devem ser ajustadas ao corpo. 
-Utilize objetos necessários à cena, o que for além pode prejudicar a atenção do espectador e causar acidentes.
 -Use calçado fechado e confortável.
-Avalie o espaço com luzes ligadas. 
-Memorize todos os elementos espaciais e organize minuciosamente todos os elementos de cena. Isso ajuda na dinâmica das experiências e no conforto cênico durante a realização de um espetáculo.
-Verifique os pontos de risco, as tomadas, os interruptores, as portas, os quadros de força e se possível, a existência e condição de extintores. A segurança dos artistas e do público em primeiro lugar!

A postura corporal do sombrista

-Alongue-se antes dos exercícios dinâmicos.
-É fundamental uma boa consciência corporal para qualquer ator de teatro. No teatro de sombras a expressividade corporal é uma ferramenta importante dentro e fora da cena. O sombrista pode usar o corpo para perceber o espaço escuro, para projetar sombras, para manipular objetos, para neutralizar suas intenções e emoções, para se deslocar silenciosamente, para dissociar movimentos e outras diferentes possibilidades a serem desenvolvidas.
-Além de o corpo ser por si só a estrutura dos personagens e o ponto de partida para a ação nas cenas criadas pelo ator sombrista, os membros inferiores, as suas partes, as suas combinações e as diferentes posições projetadas também pode servir como cenários, molduras e formas expressivas para compor uma cena. Enquanto estiver em cena, mantenha uma postura elegante e leve e observe todos os detalhes.

Dicas para trabalhar com a sombra
-Não perca a sua própria e as demais sombras de vista. Isso vale para projeções de objetos, figuras e silhuetas.
-Amplie ao máximo a visão periférica e exercite o olhar oblíquo, de canto de olho. Não é necessário olhar diretamente para a sombra, mas, é fundamental tê-la a vista!
-Diferencie liberdade criativa e rigor técnico durante as brincadeiras, nos jogos, na criação de cena, na improvisação, na marcação e na direção. 
-A sombra corporal necessita de telas e espaços grandes. As sombras podem ser comparadas com os animais, quando apertadas, ficam tímidas e desobedientes!
-Tenha vigor, energia e potência sem perder a elegância, leveza e sutileza nos movimentos. As sombras devem fluir como um poema declamado.
-Registre em texto, desenho, foto ou vídeo as ideias e sensações. A experiência necessita de planejamento, objetividade, observação e avaliação dos resultados.

Dicas para construir e movimentar figuras

-seja objetivo na forma e avalie o resultado projetado.
-toda figura criada, desenhada, recortada deve ser submetida a uma avaliação na luz, pois a projeção da sombra é que indica as correções necessárias.
-telas, figuras e espaço físico têm uma relação de proporção e tamanho.
-as referências de livros, ilustrações, fotos ajudam a descobrir a escala natural de uma figura.
-a estética da figura pode ser geométrica, realista, estilizada, minimalista, expressionista ou qualquer outra variante.
-a ação que o personagem realiza em cena é a principal característica para definir sua construção, material, tamanho, articulações, mecanismos ou qualquer outro recurso expressivo.
-a vareta da silhueta não é fundamental para uma eficiente manipulação, portanto, pode ser suprimida ou considerada como o último elemento da construção.
-poucos mecanismos, peças móveis e articulações facilitam a manipulação.
-ações simples necessitam de silhuetas simples e o inverso pode não ser proporcional a essa afirmativa.


Dicas da dramaturgia da sombra

-cenas longas tornam-se cansativas.
-a trilha sonora, as cores, a luz, o tamanho da projeção possuem valores dramáticos.

Sites de referência:








segunda-feira, 8 de junho de 2015

Preparação para o Enem



No campo de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, o aluno precisa estar atento ao conteúdo de Arte, o qual também é cobrado com imagens das Artes Visuais, Dança, Música, Teatro, Charges, Cartuns e Campanhas Publicitárias. 

Link do Professor de Arte: Jefferson Araújo, (Artes Visuais e Teatro) no ENEM:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=18571

Link da Professora de Arte: Danielle Berbel, (Dança e Música) no ENEM:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=18573